terça-feira, 14 de setembro de 2010

MINHA FORMA DE AMAR…


Entre frustrações e amarguras
Permaneço tranquilo.
Percorro caminhos
Atrevo-me.
Sem queixume nem medo!

Entro em conflito
Com a loucura da minha alma.
Escolho o natural
Massivo e abismal.
Mas atrevido e implorável!

Tudo não passa dum sonho
Razoável ou louvável.
Em tudo o que faço
Ou acabo de escrever.
Sinto falta dessas amarras!

Para marcar meu caminho
Por isso entro em conflito.
Com a loucura da minha alma
Encho os pulmões de ar.
Desfiro um enorme grito!

Estremece corpo e mente
Mas, não me deixo vergar.
A vida tudo leva
Neste meu conflito.
Sou livre!

Sou livre como o vento
Que desatina meu pensamento.
Simplesmente deixo
A poeira assentar.
 Na mais forma antiga do verbo amar…


Setembro 2010



SEMENTES DE VIDA


Em cada amanhã
Se ergue um novo
Amanhecer!

A luz se apaga
Nasce os primeiros raios de sol
Que banham o horizonte!

As flores deixam cair
Pequenas gotas
De orvalho!

A humidade da noite
Vai-se dissipando
Como shampoo no banho!

É tempo de erguer
O trabalho espera
Que mais possamos fazer?

Num poema escrever
Onde a semente da vida
Desperta em cada ser!

 
Setembro 2010



LIVRO LIDO


Leio um livro!
Desfolho com suavidade
Cada página
Matando minha curiosidade
Em cada frase
Em cada palavra
Metáforas e predicados
Deixados entre linhas
Em cada capítulo que leio
Cada espaço percorrido
Entre nuvens fico
Prendo por instantes
Meu interesse e olhar
Esfomeado devoro
 Cada palavra
Desse livro
Que leio.
No desfolhar
De cada página
Que tanto
Saboreio no livro.
 Depois de algum tempo
Sinto em mim
Um novo despertar
Como um doente
Sua doença curar.
Termino mais um capítulo
Que prendeu
Meu interesse
A cada instante
Sinto minha mente
A divagar.
Neste livro da vida
Entre mil poemas
Poderei um dia
Meu amor
 Encontrar…

Setembro 2010

domingo, 12 de setembro de 2010

SE… SE…


            Se o mundo fosse melhor.
Se o homem não destruísse.
Se o fim não fosse o final.
Se o inicio fosse sempre igual.
Se todos vivesse-mos em paz.
Se o mar fosse só cor.

Se… e se…

Se hoje fosse como amanhã.
Se as noites fosses todas iguais.
Se todos os dias fossem só felicidade.
Se a vida fosse só momentos de alegria.
Se a fome terminasse.
Se o mundo fosse um paraíso.

Se… e se…

Se a vida fosse um monte de fantasia.
Se o amor fosse vivido a cada instante.
Se o homem não fosse cruel.
Se a mulher vaidosa.
Se todos não fossem supersticiosos.
Se o mundo não fosse corrupto.

Se… e se…

Se tudo à nossa volta deixasse se existir.
Se tudo fosse harmonia.
Se o bem prevalecesse ao mal.
Se o passado fossem simples histórias.
Se os políticos fossem mais honestos.
Todos teríamos melhor vida…


Agosto 2010





MULHER

A mulher dá:
Paz, carinho, amor e harmonia!

A mulher é:
Doce, meiga e gentil!

A mulher dá:
Ternura, paixão e prazer!

A mulher é:
Sensual, sensível e envolvente!

A mulher dá:
Tristezas, alegrias e desilusões!

A mulher é:
Fruto proibido mas apetecido!

A mulher dá.
Continuação de vida!

A mulher é:
Poema, mar e ventania!

A mulher pode ser:
Fria, cruel e misteriosa!

A mulher é:
Fantasia em cada sonho!

A mulher também pode ser:
Acima de tudo, mulher!

Porque a mulher sempre será:
O bem mais precioso!
 
Se a mulher não existisse!
Que seria do homem?
 
Agosto 2010    


quarta-feira, 1 de setembro de 2010

MAR….


Ó mar…
Deixo que me leves
E meu corpo se envolva.
Na suavidade de tuas ondas
Por entre ti mar.

Ó mar…
Que a mim chamas
Para em ti penetrar.
Meu corpo refrescar
Em cada noite de luar.

Ó mar…
Que escondes segredos
Anseios e desejos.
Atraís mil medos
Pescador de dor.

Ó mar…
Vem mar tuas ondas enroscar
Entre fino areal.
Onde tantos como eu
Sua humidade pisar.

Ó mar…
Meu lindo jardim
Onde tantas velas erguidas.
Fazem de ti sua vida
De volta ou de saída.

Ó mar…
De saudades, paixões e desilusões
Companheiro e protector.
De lutas constantes
De dia e noite.

Ó mar…
Por tu mar!
Serás sempre o primeiro
A toda a costa chegar…


Agosto 2010

POETA DESTROÇADO…

Poeta que hoje renuncia
Entre o amor e a alegria,
Perdeu a fantasia
Seu coração fechou!
Cada poema terminado
Foi mais um caso encerrado,
Poeta lapidado,
Cansado, esgotado!
Fez do homem defundo
Ficou mal com o mundo.
Perdeu a razão
Foi-se a magia da mão.
Seu coração bloqueou
Seu nome sangrou.
Com poesia desgraçou.
Poeta hoje triste
Sem saber como viver!
Sem amor, sem encanto
Como pode a poesia sobreviver?
Sua vida foi lapidada
Da poesia que havia.
Já não resta mais nada
Em pensamento morria…
Agosto 2010